domingo, 15 de junho de 2008

Metapoema

Faço versos porque quero falar

E a minha fala

É tão subjetiva e impulsiva

Que nela se podem refletir mil vozes

Que se calam.

Faço versos em meu nome, apenas.

Ainda que

Indefinidamente

Uma outra mulher neles se espelhe alguma vez.

Faço versos pra falar de amor

- o meu amor –

Meu medo e minha solidão

Minha luxúria...

Faço versos enfim porque

Não há como calar

O grito agoniado da loba

Em noites de luar.



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