quinta-feira, 20 de novembro de 2008

METAPOEMA

Faço versos porque quero falar
E a minha fala
É tão subjetiva e impulsiva
Que nela se podem refletir mil vozes
Que se calam.
Faço versos em meu nome, apenas.
Ainda que
Indefinidamente
Uma outra mulher neles se espelhe alguma vez.
Faço versos pra falar de amor
- o meu amor –
Meu medo e minha solidão
Minha luxúria...
Faço versos enfim porque
Não há como calar
O grito agoniado da loba
Em noites de luar.

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